Guilherme Bergamini

Plenitude

(2020)

O abandono de indivíduos por sociedades e seus governos é tanto injustificável quanto imperdoável.
O Planeta Terra continuará a abrigar os Reinos da Barbárie e da Insanidade enquanto houver um único
ser humano a insistir em não reconhecer a integridade de todo outro, próximo ou distante de si.
Um único indivíduo “de baixo” pode implodir todo o processo civilizatório,
tragando ao seu nível e aniquilando quaisquer esforços em prol da conquista de justiça social,
de paz e de harmonia planetárias.
É urgente que se reconheçam a inteireza, a fragilidade e o poder
de somar de todos e de cada um.
Ninguém é desprezível, ninguém é inofensivo, toda vida é de valor.
Nenhuma nação é desprezível, nenhuma nação é inofensiva, toda nação é de valor. Nenhuma etnia é desprezível,
nenhuma etnia é inofensiva, toda etnia é de valor. Nenhum povo é desprezível, nenhum povo é inofensivo,
todo povo é de valor.
Ou assumimos, cada um de nós, nossa responsabilidade para com o todo, cuidando de o respeitar,
ou estaremos muito mais próximos de nossa própria extinção do que poderíamos imaginar.

Luiz Gomide, Londres,
22 de abril de 2020, nos dias sombrios da pandemia.

Título | Title: Plenitude / Entirety
Ano | Year: 2020
Tempo | Time: 00:05:00
Concepção e autoria | Concept and author: Guilherme Bergamini
Co-autoria | Co-author: Luiz Gomide
Música: Ismália (sobre um poema de Alphonsus de Guimaraens) | Music: Ismália (from a poem by Alphonsus de Guimaraens)
Composição | Composition: Luiz Gomide
Arranjo e piano | Arrangement and piano: Rodrigo Lana
Vídeo | Video: Guilherme Bergamini
Edição | Editing: Guilherme Dutra
Tradução do poema para o Inglês | English translation of the poem: Nelson Ascher
Tradução dos créditos para o inglês | English translation of credits: Tiago Gambogi & Margaret Swallow
Declaração Universal dos Direitos Humanos, Artigo I. | Universal Declaration of Human Rights, Article I.
Performer: Anônimo | Performer: Anonymous